sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

sessões de câmara (5) nepotismo, clientelismo e mediocridade


Poderia apontar diversos exemplos de funcionários contratados pela autarquia poveira apenas com base em critérios de apelido familiar, preferência política ou cunha de pessoa influente.

No entanto, creio ser suficiente, para demonstrar o caos que paira na área de recursos humanos, referir a categoria jurista.

São muitos os juristas contratados pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. Muitos mais do que as necessidades efectivas para dar resposta aos problemas que decorrem do seu normal funcionamento.

Creio, com elevado grau de certeza, que nenhum dos que lá trabalha foi contratado por mérito pessoal. Lembro aqui o genro do Zé Azevedo, antigo estagiário do escritório do Dr. José Reina, esse grande amigo de Macedo Vieira, a filha do Quilores, casada com o Presidente do Clube Desportivo da Póvoa, a mulher desse moço da livraria Minerva, o Bago, a mulher do advogado da Califórnia, que deu mais despesa pelo tamanho da cadeira, a Sandra Rita que teve um processo disciplinar na Varzim Lazer cuja sanção foi a sua contratação pela Câmara, algo inédito, ou talvez não. Enfim, um rol exemplar.

Só para dar alguns exemplos de contratações em desobediência às regras previamente impostas de selecção dos candidatos.

O que faz tanta gente com a mesma licenciatura?

O trivial, o corrente, o levezinho.

Porque os grandes processos, as grandes causas, os assuntos complicados, aquilo que coloca em cheque a autarquia, esses são entregues a advogados de renome.

Como é o caso de Lopes Cardoso.

De Lopes Cardoso poder-se-ia dizer que aufere um chorudo ordenado só com a nossa Câmara como cliente.Veja o leitor que só nesta carta, correspondente a um processo, o causídico pede 1 500 contos de provisão. Estávamos em 2001.

É apenas uma amostra. Se o leitor quiser perder tempo a ler as actas vai reparar nas quantias absurdas que são pedidas por este advogado.

Se a Câmara contrata tantos juristas porque não entregar-lhes estas causas?

Por mediocridade dos contratados, presumo eu.

Para prejuízo dos cidadãos que têm de arcar com todas estas despesas, ou por acaso julgam que é Macedo Vieira e Aires Pereira que pagam do próprio bolso?



casa nova é um luxo


As notícias indiciam que a actual crise económica mundial adveio do endividamento das famílias norte-americanas, que em determinada altura deixaram de poder honrar os compromissos assumidos com os bancos relativamente às casas que haviam comprado.

Se é assim ou não pouco interessa porque isto, no fundo, resume-se a uma bola de neve incontrolável.

No meio desta enorme crise era tempo de o povoaonline a contornar e mostrar a todo o mundo que a referida afecta só alguns, nomeadamente aqueles que passaram a conviver com o desemprego.

Mudar de casa passou, para mim, a ser uma coisa banal quando dois políticos de meia tigela, que nem políticos sabem ser, se lembraram de perseguir através da utilização dos Tribunais portugueses os meus textos. Sim os textos, porque eles a mim ainda não chegaram.

Nem chegarão.

Os artifícios até agora utilizados foram aqueles que um reles poder autárquico português consegue: uma providência cautelar deferida e um processo-crime que ninguém sabe qual o conteúdo.

É muito pouco para mandar calar um cidadão.

Com estes artifícios judiciais Macedo Vieira e Aires Pereira mostraram todas as suas limitações. A informação não se resume ao que é publicado em jornais locais controlados com o dinheiro dos contribuintes, porque é com o nosso dinheiro que eles controlam os órgãos de comunicação social.

Ou você pensa que é o Macedo e o Aires que compram as notícias?

Não. É você que está a ler isto quem paga, quem sustenta três jornais que mais não fazem do que propagandear os feitos horrorosos de autarcas que passaram anos destruir a cidade e a tirar proveitos pessoais das suas actividades.

Por este motivo decidi mudar de casa. Contra a crise!

Apanha-me Macedo, se puderes!













quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

sessões de câmara (4) as viagens


Foram inúmeras as viagens dos nossos eleitos do PSD a terras de Vera Cruz e Canadá, a mais famosa das quais será a que permitiu a Tone ter um processo disciplinar por ter dado cinco faltas consecutivas ao serviço e, dessa forma, obter a aposentação compulsiva em valores muito acima daqueles que obteria se esperasse pelo integral cumprimento do tempo de serviço na função pública.

Macedo Vieira e Luís Diamantino encontravam-se na época no Rio de Janeiro e em São Paulo, na célebre viagem em que se fez acompanhar por várias figuras baças da nossa sociedade, onde se incluíam Virgílio Tavares e Catarina Pessanha, a tal Directora de um jornal que não se enfeuda a partidos políticos.

Esse jornal passa a vida a comemorar aniversários, como se cada um fosse uma batalha contra a condenada extinção. Vai no décimo, o que significa que em 1999 o jornal tinha um ano e estava a dar os primeiros passos, na mais extrema das dificuldades.

Essas cinco faltas do Tone, o processo disciplinar e a consequente sanção de aposentação compulsiva, tudo premiado com a nomeação do próprio para Presidente da Empresa Municipal Varzim Lazer, desenrolaram-se na ausência de Macedo Vieira no Brasil e sem o seu conhecimento. Assim o disseram publica e indignamente.

Isto foi o que pensou o Ministério Público, o Ministério Público da Póvoa de Varzim, um órgão que representa o Estado e deveria actuar no combate à fraude e à corrupção.

Só o Ministério Público concluiu assim. Todos os poveiros sabiam que Macedo Vieira sabia de tudo.

Em conclusão, todas esta viagens mais não constituíam do que gastos supérfluos do dinheiro dos contribuintes, exposição pública de vaidades e ostentação de uma falsa imponência que ainda hoje todos nós, contribuintes, arcamos através das altas taxas que pagamos face ao grave endividamento em que a Câmara se encontra.

Retirei de entre várias disponíveis, porque a famosa de 1999 ainda não o está, esta viagem de Diamantino a Toronto.

Até chorei sozinho? ? ?

De tanto rir! Leia.







macedo vieira preocupado


A Qimonda está a atravessar dificuldades que "ninguém esperava", as palavras são de Bruno Fonseca, delegado sindical da unidade de Vila do Conde, ao Diário de Notícias. Os delegados sindicais vão reunir-se com o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Norte para discutirem as consequências imediatas do pedido de falência da casa-mãe, na actividade da fábrica de Vila do Conde. Entretanto, caso a Qimonda encerre, quase duas mil pessoas desta zona vão ficar no desemprego. Uma situação que irá afectar também a Póvoa de Varzim.

Macedo Vieira também se mostrou muito preocupado, principalmente agora que não sabe se vai candidatar-se a mais um mandato.

A uma Rádio local declarou:

“Temos a Qimonda, temos provavelmente a Maconde que está a atravessar dificílimos problemas e por aí fora. A Câmara Muncipal vai ter de se preparar para dar um apoio social básico”.

Quando a jornalista lhe perguntou se só no próximo mandato esse apoio seria dado Macedo Vieira deu aquele sorriso matreiro:

“Eh eh eh! Você quer saber é se eu me recandidato, mas prognósticos só depois do jogo, perdão, depois das eleições.”

Peço a todos os portugueses, que tenham influência e poder, que ajudem os poveiros a verem-se livres deste fulano, de uma vez por todas.

SOCORRO!










quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

it's raining again

sessões de câmara (3) ser oposição





Ser oposição nas autarquias é uma tarefa ingrata.


Os autarcas com maioria política trabalham para asfixiar os eleitos da oposição, recusando a aplicação de eventuais propostas apresentadas, denegrindo o seu comportamento político, criticando as suas declarações públicas e proibindo a colaboração dos funcionários em qualquer iniciativa por eles engendrada.



Tudo com o apoio discreto dos órgãos de comunicação social locais, uns de forma mais descarada, outros sob o manto da suposta independência política.



Vale tudo para manter a perpetuação no poder.



Exemplos existem, porém, de autarcas que não se enquadram no comportamento acima referido, quer porque a sua cultura política é virada para a satisfação dos interesses dos cidadãos eleitores, quer porque desde muitos jovens aprenderam que a democracia é um regime onde todos têm voz, onde todos podem criticar e onde todos podem exprimir a sua criatividade.



A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim através desse autarca modelo que é o Dr. Macedo Vieira, tem sabido dar voz às ideias da oposição, quer atribuindo tarefas aos respectivos vereadores, quer estudando com afinco as suas propostas, quer ainda pela disponibilidade em estudar conjuntamente aquilo que se verifica ser melhor para os interesses da população.



O que vinha a acontecer, principalmente com o Arq. Silva Garcia, é uma constante afronta ao trabalho desencadeado pelo Dr. Macedo Vieira, quer boicotando o seu programa eleitoral, quer tentando que o seu seja implementado nas sucessivas reuniões de Câmara.



Nem sempre foi assim, porém, o relacionamento com os vereadores da oposição, como aliás o Dr. Macedo Vieira não se cansa de repetir:



Veja-se o exemplo de Joaquim Cancela, um homem que trabalhou no duro, circulando a ideia, ainda hoje, que a Câmara da Póvoa é uma Câmara CDU, face ao ineditismo socialista que caracteriza a maioria das suas ideias.



Veja-se o exemplo de Gil da Costa, eleito pelo PS, ainda hoje tido por todos os autarcas laranjas como o melhor vereador da oposição desde o 25 de Abril, pela facilidade com que assimilava as propostas da bancada social-democrata.



Já Carlos Mateus e José Cerejeira, o primeiro eleito pelo CDS e o segundo pelo PS nas autárquicas de 2001, são casos que devem ser analisados com mais cuidado, à luz de circunstâncias várias que definiram a política autárquica do Dr. Macedo Vieira, nomeadamente a grave crise internacional que afectou os mercados bolsistas em 2002.



Acho eu.



Foi de coração aberto que Macedo Vieira recebeu estes dois novos autarcas, pujantes de ideias, de soluções, de propostas, um vindo da Presidência do Clube Desportivo da Póvoa, outro em funções como Presidente da Associação de Bombeiros.
Dois pesos pesados, diriam os analistas políticos da época.



Foi o que pensou o Dr. Macedo Vieira. E em boa hora o pensou, porque ficou a saber com quem estava a lidar.



Repare o leitor como o Dr. Macedo Vieira sentiu que havia ali dois jovens vereadores brilhantes.



Na época, Fevereiro de 2002, havia necessidade de proceder à actualização do tarifário de saneamento básico, revendo toda a regulamentação relacionada com a matéria.



Uma tarefa gigantesca, só ao alcance dos mais iluminados.



Na reunião respectiva, Macedo Vieira logo declarou: eu num perxebo nada disto. Sou um zero em saneamento.



Aires Pereira fez coro: é preciso ser muita bom para criar um regulamento relacionado com o saneamento. Bolas!



Os outros entreolharam-se desconfiados.



Carlos Mateus fez peito e olhou em frente, fazendo o sinal da cruz.



José Cerejeira batia com os dedos na mesa, resultado da sua experiência como funcionário da autarquia vilacondense.



Ambos foram nomeados para resolver esse imbróglio.



Ambos sentiram que estavam a ser úteis à sociedade.



Ambos sentiram que o contributo que iriam dar poderia conferir-lhes o necessário alento para sonhar que um dia, um dia, poderiam ser Presidentes da Câmara e, dessa forma, suceder ao pior desde o 25 de Abril de 1974.



Macedo Vieira e Aires Pereira é que pensaram de outra forma:



Não lhes atribuindo qualquer pelouro, porque não interessava atribuir, acenavam-lhes com uma tarefa gigantesca e maçadora, que eles não queriam pegar de forma alguma, e obrigavam-nos a estar calados quanto à sua eventual participação na vida autárquica.



Não têm pelouros, mas temos atribuído tarefas que são importantes para todos, declaração que haviam preparado para a sempre faminta imprensa poveira.



E desta forma se cala a oposição.


pooc que os pariu


Tinha em mente fotografar o escândalo, mas os energúmenos do costume colocaram o Kilores de plantão à porta da minha casa para me espetar um arraial de porrada.

Aguardei pacientemente.

Não sei as razões que estão por trás da aprovação disto que se convencionou chamar POOC (Planos de Ordenamento da Orla Costeira) que permite a construção do que denominaram “Apoios de Praia”.

Sabemos que grande parte das leis é aprovada com deficiências. Cabe a quem tem de as aplicar verificar se o texto se enquadra na situação concreta. É uma questão de racionalidade.

Sabemos também que, desde há muitos anos, nada do que esta Câmara poveira aprova se apoia em critérios de inteligência e defesa do interesse público.

Por isso é com grande revolta que assisto à construção de enormes mamarrachos no areal poveiro, espaço privilegiado da cidade e, esse sim, o seu melhor cartão postal.

Nos últimos dias vi o mar bravo, com intuitos destruidores. Ansiosamente pedi que galgasse o seu humanamente limitado território e limpasse aquilo que mãos sujas edificam.


Aliviava a enorme vontade de exteriorizar a crescente raiva interior.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

sessões de câmara (2) os santinhos







Corre por esses cafés, esquinas e ruas:



Macedo Vieira está farto de ganhar dinheiro desde que fez a parceria na Mardebeiriz com o Gomes do Marinheiro.



Aires Pereira tem mais apartamentos na cidade do que eu janelas na minha casa.



Duas certezas eu tenho, até pela origem das informações:



-Macedo Vieira possuía (ou ainda possui) uma conta em nome do filho Gustavo com mais de 100 mil contos, na época do escudo;



-Aires Pereira tem mais do que um apartamento à venda em empreendimentos sitos na Póvoa.



Ponto final.



Acreditem leitores. Eles são uns santos. Basta ouvi-los nas rádios em sucessivas entrevistas, ocas de sentido, para se arvorarem como anjos perseguidos por demónios.



Esta postura tem dado frutos ao longo de quase metade do tempo de fascismo, ou seja, ½ de 48 anos.



Atentem no especial cuidado que eles colocavam nas reuniões de Câmara quando os assuntos os envolviam directamente.



Macedo Vieira com a Mardebeiriz ou algum familiar.



Aires Pereira com a Nércio & Couto, Lda.



Gente séria. Alguém tem dúvidas?


Agora reparem neste pormenor delicioso de o vereador com o pelouro do Desporto propôr um "voto de louvor" a nada mais nada menos do que o irmão de Macedo Vieira. Claro. O homem ausentou-se da reunião, não vá dar-se o caso de no futuro virem dizer que foi ele o responsável por essa atrocidade. Ele não se chama Melro, o famoso poveiro que se desresponsabilizava de todas as cagadas que o seu "cãozinho" fazia.









de quem é a bomba de gasolina?


Pessoalmente já tinha o assunto como encerrado. A sua solução seria igual a muitas outras desta cidade e deste país: a justiça não funciona e as coisas acabam por ser resolvidas nos corredores do poder, seja ele central ou local.

Muito se falou por essas ruas da cidade sobre os proprietários da nova e polémica bomba de gasolina junto ao Modelo. Inclusive um deputado da Assembleia Municipal questionou o Macedo Vieira sobre a propriedade da referida e o próprio queixou-se nas rádios que “andavam a dizer que a bomba era dele”.

Não sei se é, não sei se é da esposa ou de outro político da cidade. Sei que tenho as minhas desconfianças resultantes do carácter pouco sério de políticos no poder há 16 anos.

Porém, já tinha o assunto arrumado na prateleira até que o sempre atrasado “Folha Municipal” veio lançar alguma luz sobre as minhas desconfianças.

Não é que lá vem um esclarecimento da Câmara sobre a parcela de terreno doada pelo tal Eugénio Lopes, que demandou a Câmara em Tribunal?

Mas era necessário esse esclarecimento? Julgo que não.

Agora sim, estou muito desconfiado.










segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

sessões de câmara (1) gil da costa e outros







Embora não me recorde de quem estaria à frente da Comissão Política concelhia do PS por volta de 1997, acredito que os seus elementos encontrassem na figura de um médico o candidato ideal para fazer frente a Macedo Vieira que, na época, se preparava para ser candidato a um segundo mandato.



Também não consigo descortinar que qualidades humanas e políticas essa gente viu em Gil da Costa, o médico escolhido para representar o partido nessa batalha eleitoral.



O que sei é que, segundo os socialistas locais, o homem obteve um resultado extraordinário, quando conseguiu ser eleito vereador.



De recordar que nas autárquicas de 1993, Macedo Vieira venceu mas com minoria, ou seja, havia obtido três mandatos contra outros três do CDS e um da CDU.



Os problemas começaram quando Joaquim Cancela da CDU resolveu fazer frete atrás de frete com Macedo Vieira aprovando tudo o que a Câmara PSD pretendia, deixando dessa forma os eleitos do CDS isolados.



É uma aliança que ainda hoje dá frutos.



O trabalho autárquico de Gil da Costa resumiu-se a umas jantaradas com a maioria PSD, ele que se encontrava isolado na mesa, recheada de 6 elementos do partido laranja.



Sempre que abria a boca para dizer que tinha fome, porque não sabia mais o que dizer, Gil da Costa era esmagado pelos restantes que colocavam à sua frente dois bifes do lombo e uma garrafa de vinho tinto.



Mas Gil da Costa teve um mérito: incorporou, fez seu o trabalho autárquico de Macedo Vieira, de tal forma que se tornou anti-PS.



Reparem como ele se refere à candidatura de José Cerejeira em 2001, o tal que lhe veio tirar o lugar que ele havia conquistado a ferros.


Foi uma traição o que o partido fez com ele, mal agradecidos pelo trabalho como vereador que toda a gente reconheceu como excelente mas ninguém teve coragem de o dizer publicamente. Ingratos.



Gil da Costa sabia. Ao proceder como procedeu, sempre avalizando as propostas e decisões de Macedo Vieira, alguma prenda de Natal haveria de cair no sapatinho.



Aí o temos como Director Clínico desse miserável hospital que dá pelo nome de S. Pedro Pescador, o tal que importou a triagem de Manchester para justificar a falta de médicos.



Recentemente confrontado com a exigência da Inspecção-Geral de Saúde na sequência de uma Inspecção realizada nos anos de 2003 e 2004 por terem sido pagos, indevidamente, 282 mil euros em remunerações e regalias excessivas, Gil da Costa que antes não sabia que havia recebido dinheiros indevidamente, só soube depois da inspecção realizada, prontificou-se a devolver o dinheiro, cotando-se dessa forma como um bonzão da política, por oposição ao mauzinho que é Macedo Vieira que não devolve a massa que recebeu indevidamente.




Porém, para aqueles que acham que Gil da Costa foi um extremado oposicionista de Macedo Vieira, abrindo dessa forma caminho para a eleição de José Cerejeira, facto que todos achavam impossível, dado bom trabalho autárquico de Macedo amplamente divulgado pelos jornais na época, embora ninguém saiba qual é esse trabalho, ou seja, mais uma vez os poveiros foram tomados como burros, para esses eu deixo esta declaração de voto lida em reunião de Câmara já depois das eleições, em que ele tece os maiores elogios ao caudilho.

Como se pode ter confiança num indivíduo estes?







freeport, portucale e bombas de gasolina

Acredito que muitos poveiros gostariam de saber o que penso sobre o badalado “caso Freeport” que, ao que tudo indica, envolve o Primeiro-Ministro José Sócrates.

Tendo em conta os inúmeros “Freeport’s” espalhados por esse país, ainda que em menor dimensão, e a impunidade que vai reinando, não tenho qualquer dúvida de que o pior que lhe pode acontecer é um dia ser comentador do “Jornal das 21” da Sic Notícias, apresentado pelo Mário Crespo.
















sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

repto ao dr. macedo vieira


O tempo encarregou-se de apaziguar os ânimos, mas para muitos funcionários da Câmara, aquele dia ficou marcado nas suas vidas como o mais aterrorizante de todos quantos haviam passado na autarquia.Tudo aconteceu há cerca de 5 anos.Macedo Vieira estava extremamente zangado com a forma indigna com que os funcionários, em surdina, se referiam a ele: era o Magala, era o Dr. Zé, era o Sargenor. Enfim! Nomes que não sendo ofensivos da dignidade do autarca, o importunavam na forma de ser autoritária que o caracterizava.Reunido com os seus capangas ficou decidido:Enfiar todos os funcionários no Pavilhão Municipal e espetar um arraial de porrada, de forma a eles nunca mais se meterem com o caudilho.Para o acto solene foram contratados vários seguranças ligados à noite poveira, como o Faísca, o Catricoto, o Jamaica e o Bacalhau, chefiados pela Peixe, essa víbora de maldade.O semblante estampado no rosto de todos os que entravam era de total terror.


Claro que esta história não é verídica. Mas apenas nas intenções. Porque como o leitor pode ver foi aprovado em reunião de Câmara chamar todos os funcionários ao Pavilhão Municipal.Quais as intenções? Populistas com toda a certeza.


Por este motivo quero lançar um repto ao Dr. Macedo Vieira (com o devido respeito pelo de Aires Pereira que continua em vigor), um poveiro de Beiriz que sente a cidade como se ela fosse dele, impoluto porque não poluído, apesar de se banhar nas águas das praias, conhecedor da realidade social das suas gentes, apesar de não cumprimentar ninguém:


Dr. Macedo Vieira!


Desafio V. Exª a publicar no site da Câmara todas as actas de reuniões desde que tomou posse em 1994.


Seria um contributo inestimável para se elaborar a história da destruição da Póvoa de Varzim.


E com este post quero dar início a uma semana em que se vão revelar algumas curiosidades da política poveira, toda ela cozinhada em reuniões de Câmara.





que bolachada!


Estava eu a ouvir “My October Symphony” quando se me apoderou uma vontade de ir ao Bar da Praia, local que, à semelhança de muitos poveiros, abandonei por falta de condições para um atendimento minimamente aceitável.
De recordar aos poveiros que o Bar da Praia constitui, nesta altura, um mamarracho que combina o que de pior existe em hotelaria com as salmonelas que banham docemente a costa poveira.
É impossível ficar indiferente.
Muito bem. Estava na hora de revisitar o dito.
Já acautelado com os preços exorbitantes lá praticados, preveni-me com o velho pacote de bolachas de baunilha, o qual associado a um “perna de pau”, que lá tem preço tabelado, constitui basicamente o denominado “bolo de bolacha”, em minha modesta opinião.
A crise económica não está para menos. É necessário poupar.
É sempre o povo que tem de poupar e eu faço parte do povo.
Não sou um proletário como o Karl Marx Queiroz, o Tocado da Costa ou o Aurora Cunha Machado, para além de outros da CDU, mas sou poupado.
Aliás, pensei imediatamente nos casos de Macedo Vieira e Aires Pereira.
São para mim uma referência.
Não é qualquer homem que consegue enriquecer à custa do engano de milhares de poveiros.
Temos de lhes dar mérito.
Os poveiros, no caso de Macedo Vieira, já são enganados há 14 anos e pelo Aires Pereira há 18. É verdade pá! Tu quando nasceste já o Aires Pereira lá estava. É incrível a forma como o povo se deixa manipular.
Ainda me lembro de ambos:
Aires Pereira, quando entrou para vereador em 1990, também comia bolachas de baunilha e pernas de pau e agora é um homem rico.
E Macedo Vieira não é muito diferente.
Ambos com as suas quintas, os seus apartamentos, os seus automóveis, as suas gordas contas bancárias, as suas aplicações financeiras, em nome próprio e de terceiros, constituem, para qualquer defunto* que se preze, um exemplo a seguir.
A diferença entre ricos e pobres está na habilidade para enriquecer.
Não existem aqueles que ficam contentes só por o filho ou a filha terem conseguido o emprego na Câmara, que passam a endeusar os referidos só porque viram o descendente supostamente a realizar-se profissionalmente, mesmo que à custa do talento de outros que foram preteridos?Quem quiser que se safe, já diz o meu amigo Caveira.
E aqueles outros que sabem que a filha está a ser vítima de assédio sexual do Kalisto e nem por isso se importam.
Há gente que se sente rica com pouco. E depois andam aí a bajular os parasitas autárquicos, como foi o caso daquele que se apelidou de socialista e veio para o Comércio da Póvoa dizer que votaria em Macedo Vieira, um tal de Rodgério Samora Machel, ou coisa que o valha. Coitado! Até me disseram que ele estava meio gagá, mas eu não acreditei, sempre com a minha boa fé.
Esses nunca hão-de ser ricos, apenas porque não o merecem.
Ficar rico, como político, exige talento, mesmo que esse talento não seja notório.
As mesas de voto falam por si.
Munido das minhas bolachas lá fui para o bar da praia.
Ainda encontrei o Jaiminho pelo caminho.
Eh Tony pá. És o gaijo mais verde da Póvoa, pá!
Verde é a tua prima lambedor. Verde porquê pá?
Num andas de carro meu. És o único gaijo da Póvoa que num anda de carro. Assim dás prejuízo ao Macedo Vieira, meu, e ao Jacinto dos Talhos!
Vai trabalhar malandro! Disse-lhe eu antes que lhe espetasse duas bolachas.
Chegado ao destino dou com o nariz na porta, em sentido lato, ou seja, encostei o nariz à porta. Nas redondezas só vi três gajas escarranchadas das pernas. Pensei que deveriam ser chinesas.
Nem vivalma! Do tão falado bacalhau da Noruega de Guimarães nem sinal.
Ainda estive para bater palmas, no velho estilo manuelino, agora que uns palhaços tiveram a ideia de ressuscitar o espírito……
FECHADO PARA FÉRIAS DO PESSOAL.
REABRE DIA 30 DE NOVEMBRO.
Este energúmeno agora dá férias. O esganado! Pensei eu.
Regressei. No caminho encontro o Recoveiro.
Recoveiro! Está fechado o bar?
Está fechado meu menino. Foi a ASAE que veio aí fazer uma fiscalização.
Agora percebi. Finalmente alguém deu ouvidos ao que aqui se escreve.
Ainda estive para ir ver a segunda parte do Varzim-Olhanense, mas tive medo de cometer um assassinato via Internet na pessoa do treinador Luís Diamantino Miranda, um feliz exemplo de que a mediocridade é paga a peso de ouro.

* "Defunto" no sentido de "mortal", acho eu.

sou o herói da póvoa


o caso povoaonline/povoaoffline
71 (59%)

a renúncia ao mandato como autarca do Arquitecto Silva Garcia
16 (13%)

a absolvição de Ilídio Pereira e Silva Garcia das queixas-crime
3 (2%)

o tabu de Macedo Vieira quanto à sua recandidatura
2 (1%)

a inauguração da Avenida Mouzinho de Albuquerque
10 (8%)

a notícia de que “Vem Aí o Garrett”.
18 (15%)

Votos até o momento: 120 Enquete encerrada
Num ano em que o acontecimento mais relevante da cidade foi, considerado pelos leitores do blogue, o fecho e consequente abertura dos blogues povoaonline/povoaoffline, é eloquente quanto à pobreza de eventos que caracterizaram os passados 12 meses.

De facto a Póvoa de Varzim atravessa um dos mais negros períodos da sua história.

Nada de particularmente relevante acontece. Não há cinema, não há teatro, não há exposições, em suma, não existe uma política cultural planeada. Tudo é realizado “às três pancadas”, resultado de situações que são criadas por promotores de eventos e não pelo Departamento Cultural da autarquia.

O próprio Presidente da Câmara atravessa o seu mais crítico período. Não há café, esquina, bar, restaurante onde não se critique aberta e frontalmente a mediocridade dos seus pseudo projectos.

Veja-se a remodelação da Avenida Mouzinho de Albuquerque que o próprio caracterizou como a “Obra do Século” com um planeamento de engenharia só ao alcance de alguns, tanto assim que vários presidentes de Câmara já lhe tinham pedido a receita, como quem faz rabanadas e depois entrega o produto à Beneficiente, no montante de 500 Euros e agenda uma cerimónia solene para entrega do dito valor. Camelos!

Pois a obra da Avenida apenas obteve 10 votos correspondentes a 8% da sondagem. Isso revela a importância diminuta que os poveiros atribuíram à sua remodelação que, como todos sabemos, arde de vazia, vindo agora o Macedo Vieira todo preocupado com o facto de o Governo não ter pago ao empreiteiro. Eh eh eh!

Oh pá, eles que deixassem a FDO ganhar aquilo como estava planeado e como era natural com a Providência Cautelar. Eh eh eh!

Os da FDO é que se riem agora. Mijam-se de tanto rir.

Tudo isto é tão ridículo que eles fazem de uma obra que deveria estar pronta desde sempre, o Cine-Teatro Garrett, como uma das mais importantes do corrente ano 2009.

Até já o anunciaram, pela décima vez. Só que o Tribunal de Contas não despacha aquilo. Pois. Tudo o que é concurso público desta Câmara cheira a ajuste directo. Ou melhor, despacharam mas para a Câmara rectificar. Dr. Macedo Vieira, eu sei que consigo rolam cabeças e desta vez alguma tem que rolar, nem que seja a sua. E tem que por mão nisto pá. De uma vez por todas.

Vai-te embora Sócrates! Tu mais o teu ajuste directo, deve pensar Macedo Vieira.

Mas os poveiros confiam no “Vem Aí o Garrett” e cotaram-no como o segundo evento mais importante de 2008 com 18 votos e 15%. Que nem foi evento nenhum. Eh eh eh!

Isto é uma demonstração salutar do bom humor poveiro. Entendam: o “Vem Aí o Garrett” que não veio, foi o segundo mais importante evento do ano 2008.

Só para rir. Até o Bertinho "Raia Seca" se ri.

Pena que o Arquitecto Garcia tenha renunciado ao seu mandato. Incapacidade para fazer política como todos nós, cidadãos, a entendemos: falsa, desonesta, traidora, de compadrios, de nepotismos, de facadas nas costas. Tudo atributos que não se enquadram na personalidade do vereador desistente.

Pois é. De pouco lhe valeu o teatro, porque os poveiros apenas lhe deram a importância de um terceiro lugar no ranking, com 16 votos e 13%. Foram os socialistas da Póvoa, alguns, que votaram nele. Apenas.

E eis que chego eu. O herói do ano. Primeira página de vários jornais, duas vezes no Público com entrevista exclusiva levada a cabo por João Pedro Pereira, notícia de abertura da TSF, notícia em todas as televisões, milhares de citações em páginas da internet, alvo de estudos doutrinários.

Porquê? Porque a tive a coragem de fazer aquilo que poucos teriam: reagir ao fecho de um blogue com a abertura de outro.

E depois novamente com o fecho do povoaoffline, em que os documentos davam conta de um processo-crime.

É preciso estar muito consciente do que se escreve, é preciso ter informações fidedignas, é preciso ter credibilidade para aguentar uma escrita durante anos, sem vacilar, sem fuga de leitores e com constante aumento de audiência.

Sinto que o fim se aproxima, mas será porque eu quero e não por vontade de um qualquer general fascista.





















quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

varzim s. c.


Notícias preocupantes vindas dos varzinistas.












a paz do ferraz



Antão Ferraz? Grande encontro esse o da paz?


Nem me fales Magala. Tá difícil organizar estas coisas.


Porquê Ferraz?


Só participam homens. O ano passado fomos todos de mão dada.


Quem Ferraz?


Eu, o Tinho Trinca Espinhas, o Salmonela, o Falcão. Até o Bacalhau queria entrar, mas aí o Tinho gritou: já tem homem que chegue.


Antão este ano num há mulherio?


Tá difícil. Já arranjamos umas pombas pra largar, mas o resto é um deserto.


Fazes uns quadros cum gajas nuas e expões prá malta ficar contente.


Boa ideia Magala. Como é que te foste lembrar dessa ideia?


TOC! TOC!


Entra.


Bom dia Magala. Bom dia Ferraz!


Antão Rambo? Vens triste meu?


Os gajos do Comércio Ao Ar Livre puseram-se em bicos de pé e eu tive que tomar providências.

O que fizeste Rambo?


Pus o Kilores à porta da Ourivesaria Mil Ases durante um dia. O moço nem saiu da ourivesaria, borrado de medo.


Boa ideia Rambo. O Kilores é marca pistola.


Antão Ferraz ao que vieste?


Vim ao subsídio.


Também tu!


Calma Rambo. Até é bom que o Ferraz venha com a paz, agora que estamos em guerra com o Garcia e os blogues. Assim enganamos o pessoal.


Boa ideia Magala. Como é que te foste lembrar desta ideia.


Como é? Vais de mão dada?


Num sou gajo pra isso.

Vai tu.


Eu? Num tem mulheres aquilo.


Leva a tua.


E tu? Levas a tua?


A minha está a fazer o comer.


Também mandas pelo telemóvel?


Não.


Ferraz é o último subsídio que levas meu. Vamos apertar o cinto.


Porquê Magala? O Garcia anda a chatear?


E de que maneira!
Vai à tua vida Ferraz e muita paz. Fosga-se!

vem aí o garrett!


Afinal a obra mais aguardada do século que se avizinha não foi aprovada pelo Tribunal de Contas.

Falo do “Vem Aí o Garrett”. Na realidade, parece tratar-se de mais uma obra maldiçoada da era Macedo Vieira, a juntar à Via B que teve uma obra de arte extremamente original e à obra da Avenida que para além das várias contingências, acabou por se tornar um “elefante branco”, dada a pouca adesão dos poveiros à ideia de meter o automóvel no túnel.

Instado a pronunciar-se sobre as quesões colocadas pelo Tribunal de Contas, Macedo Vieira respondeu com a forma ardilosa que o caracteriza, comparando-se a Paulo Bento:

“Estou mais preocupado com a situação financeira do país.”

Muito bem. É com homens destes que Barack Obama pode contar para tornar este mundo melhor.














yazalde no rio ave

Confirmando-se a notícia avançada ontem pela Rádio Mar, Yazalde, avançado que se transferiu do Varzim para o Sp. Braga no final do mês de Dezembro, vai ser emprestado ao Rio Ave até ao final da época, encontrando assim um clube onde poderá ganhar experiência na Liga principal de futebol.

Faço um apelo ao Dr. Macedo Vieira:

Dr. Macedo Vieira, você que é um homem sensato, pensador, gestor, administrador, por favor ponha mão nisto pá.




quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

completo abandono


Foi das ideias mais brilhantes que algum ser humano poderia ter.

Quando em 1994 Macedo Vieira assumiu a Presidência da Câmara Municipal, após uma campanha eleitoral completamente desastrosa que quase conduziu à vitória do CDS que, na época, apresentou Augusto Boucinha como candidato, ninguém imaginava que a sua primeira medida, como autarca, fosse a remodelação da marginal da Póvoa de Varzim.

Ainda me recordo das palavras que publicamente repetia:

“Sou o cirurgião da cidade”

“Vou tornar a Póvoa de Varzim uma terra com turismo de qualidade”

“O facto de ter sido cirurgião dá-me o know how”

Dando concretização a este discurso, Macedo Vieira levou a cabo a “obra do século”, epíteto que viria a ser destronado pela construção da via B que passou, essa sim segundo o próprio, a ser a tal obra centenária, até porque muitos haviam tentado e só ele havia conseguido.

Só nunca descobri quem foram os outros.

Se o leitor tentar recordar o aspecto que possuía a marginal, como Manuel Vaz a deixou, será conduzido a pensar como eu:

Como é que o homem se foi lembrar de fazer o dito arranjo?

Após 14 anos e muita despesa supérflua com viagens para o Brasil, com investimentos pouco sucedidos como a Varzim Lazer, com “obras de arte” de gosto mais que duvidoso em rotundas, a que assistimos?

Ao total abandono do património poveiro.

É o caso da foto, é o edifício da Varzim Lazer, é o chafariz em frente ao Casino todo borrado de excremento de pomba, são as ruas adjacentes à Av. Mouzinho de Albuquerque, é a areia da praia já repleta de lixo, etc.

Todos os poveiros já têm noção de que a Câmara está completamente falida.

Dois sinais evidentes da péssima situação financeira da autarquia revelam-se com as obras da avenida Mouzinho e com as do Museu:


1- Parece que o cónego Melo já entrou com o processo de beatificação de Macedo Vieira na Santa Sé, ele que acaba de conseguir o "milagre" de fazer as ditas obras sem gastar um cêntimo. Claro! O poveiro é que a vai pagar quando meter o carro no túnel.


2- A empresa que vai proceder à remodelação do Museu é a mesma que apoia a equipa de ciclismo. A Câmara apoia o ciclismo em 10%, cerca de cem mil euros, a obra custa 60% do preço de concurso, cerca de seiscentos mil euros, a equipa custa um milhão de euros, o preço levado a concurso em um milhão de euros se cifra. É muita conta certa. Nem o Guterres faria tão direitinho.


Os sinais de total degradação estão à vista.





insuperável contradição


Não estão apuradas as razões mas é certo que Macedo Vieira tem revelado pouco à vontade em público. As recentes aparições revelam um homem tímido, calado e com semblante carregado, pouco adequado ao estatuto de candidato que o próprio teima em não interiorizar.

Estou convencido que o tão falado “estudo de opinião” revelou um resultado muito pouco favorável às aspirações de Macedo Vieira em se recandidatar. Por esse motivo, o seu resultado nunca foi tornado público.

Macedo Vieira tem, desta forma, o prémio pela desastrosa gestão de 16 anos, em que na qualidade de líder do Município poveiro pouco mais ofereceu aos cidadãos do que obras de fachada, todas baseadas em toneladas de cimento.

Com elevado grau de certeza se pode dizer:

A Póvoa de Varzim na era Macedo Vieira tornou-se uma cidade feia, cinzenta e falida na sua economia.

Na última entrevista revela uma contradição insuperável:

Está à espera de um "estudo de opinião" para saber o que os poveiros pensam da sua candidatura, mas mais à frente vem dizer que tem certezas quanto ao sucesso da sua gestão e respectiva aceitação pelos cidadãos.

estudo de opinião


capital de confiança



Em que ficamos?

Poupe o dinheiro do “estudo de opinião” Macedo Vieira.













terça-feira, 20 de janeiro de 2009

barack obama-fleet foxes




Barack Obama:




Quem tem uma banda, como os americanos Fleet Foxes, a apoiá-lo merece toda a sorte do mundo.






devolve o dinheiro já!


IGAT: autarca de Póvoa de Varzim deve devolver metade do salário.


A Inspecção-Geral da Administração do Território recomenda que o presidente da Câmara da Póvoa de Varzim seja condenado a devolver à autarquia metade do salário que auferiu como autarca até Outubro de 2003, por ter recebido outras remunerações simultaneamente.


O leitor ainda deve estar recordado do que escrevemos sobre esta matéria. Leia AQUI e AQUI.


Não é difícil saber as razões por que o IGAT tomou esta posição. Leia o que ele tem mamado desde que assumiu as funções de Presidente da Câmara:

Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim desde 1993, é ainda vogal da Comissão de Vencimentos da empresa “Águas do Cávado, S.A.”, Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral da empresa “Metro do Porto, SA”, para além de integrar o Conselho Consultivo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (em representação da J.M.P.), o Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, o Conselho Superior da “Primus-Promoção e Desenvolvimento Regional, S.A.” e o Conselho de Administração da “Varzim Lazer – E.M.”.


É Presidente do Conselho de Administração da LIPOR desde 2001. Foi eleito deputado à Assembleia da República na anterior legislatura.


Para além de tudo isto, que é muito pouco, segundo o próprio, porque tem pretensões a ser administrador do próximo hospital e, para isso, pediu ao Aurora Cunha Machado que fizesse muito barulho na Assembleia da República sobre essa questão, ainda foi sócio gerente da firma que possui com o irmão, a Mardebeiriz, lda.


Perguntará o leitor: E qual é o problema de ser sócio da Mardebeiriz?


Basta atentar na expansão que a Póvoa sofreu desde que ele, em 1993, assumiu a Presidência da Câmara.


Muitos terrenos nos arredores do concelho que não passavam de meras bouças, sem qualquer capacidade construtiva, através de alterações ao PDM passaram a ser zonas de construção.


Ora, tendo conhecimento privilegiado dessas informações, ele e o irmão, convidaram o Gomes do Marinheiro, homem de elevada fortuna (basta lembrar a ambulância que ofereceu aos Bombeiros no valor de 150 000 Euros), para fazer parte da sociedade e, assim, poderem ter capacidade financeira para adquirir os referidos terrenos e, posteriormente, após alteração do PDM, os venderem a preços vinte vezes superiores ao adquirido.


É simples. Basta ver que escrituras foram celebradas, em nome da Mardebeiriz, desde que o Gomes entrou para a sociedade.


Após recomendação do IGAT que obrigava a que Macedo Vieira devolvesse cerca de 38 000 contos (trinta e oito mil contos), o homem abdicou da gerência da Mardebeiriz, mas manteve-se como sócio, num acesso de falta de vergonha na cara, porque na realidade deveria abandonar pura e simplesmente.


Os milhões entravam nos bolsos a uma velocidade estonteante.


Daí ter surgido a conta em nome do filho Gustavo, com mais de cem mil contos por volta do ano 2000.


Pelo que sabemos, Macedo Vieira tem recusado devolver esse dinheiro.


Vais pagar caro, meu caro!





professores não aderiram à manifestação!


Greve dos professores com níveis elevados na Póvoa

De acordo com os primeiros números do Sindicato, a adesão à greve dos professores é superior aos 90 por cento em todo o país. Esta 2ª feira, os professores marcaram mais uma greve nacional em que exigem a suspensão e substituição do modelo de avaliação de desempenho e, relativamente ao Estatuto da Carreira Docente, querem eliminar a divisão da carreira em categorias hierarquizadas (professores e professores titulares).

Na Póvoa de Varzim, a paralisação dos docentes está bem próxima dos 100 por cento. Na secundária Eça de Queirós e no agrupamento vertical Flávio Gonçalves, nenhum professor se apresentou ao trabalho. Já na secundária Rocha Peixoto, a adesão ficou-se pelos 94 por cento e no agrupamento vertical de Aver-o-Mar, pelos 98 por cento. Em Beiriz, no agrupamento Campo Aberto, os valores foram um pouco menores, chegando aos 75 por cento.

Fico feliz pelo facto dos professores da Póvoa se terem apercebido do tremendo erro que foi confundir uma greve com uma manifestação, como aconteceu em Dezembro passado quando se concentraram em frente aos Paços do Concelho, numa atitude que deixou muitas incertezas sobre onde começava uma luta nacional e acabava o apoio a um regime local, cinzento e caduco.

Tal como os alunos, também os professores estão sempre a aprender.




segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

garrafão de vinho?


Quem fala?

É o Magala. Onde estás pá?

Tou no Paulino a ser julgado na Praça Pública.

Tás mas é bêbado, vai-te kilhar.

Antão tu num foste à homenagem ao Sá Carneiro?

Num pude. Estou cum pigarro na garganta, de forma que precisei de vir cá matar o bicho. Tu foste?

Num fui, porque aquilo num dá tacho. Até logo que está aí o Tinho Trinca Espinhas que organizou aquilo com o Rojão.

Estás a precisar de vinho?

Não. Ainda tenho o último garrafão que trouxeste. Tchau Garrafão de Vinho.

Antão Tinho? Que tal correu a homenagem?

Chorei pra caramba.

Num digas!

Digo. Com o frio que estava até me vieram as lágrimas.

O Rambo apareceu?

No meio daquela gente toda nem deu pra reparar.

Ai estava muita gente?

Estava.

E foste tu que organizaste?

Fui eu e o Rojão.

Boa ideia. Como é que te foste lembrar dessa ideia?

Toda a minha carreira política como professor devo-a a Sá Carneiro.

Estás-me a chamar Sá Carneiro?

Não, não.

E antão? Conta lá como foi.

Estavam centenas de pessoas como podes ver na foto.

É muita malta, sem dúvida. Como é que conseguiste?

O Rojão levou o pessoal da JSD mais dois ou três gatos pingados.

Discursaste?

Discursei de improviso.

Num digas! Espectacular. Como é que conseguiste?

Foi fácil. Decorei como fazia na escola.

Ai sim. E o que disseste?

Foi assim:

“Sá Carneiro legou-nos um partido inquieto, cheio de seriedade e de serviço a uma causa com o objectivo de alcançar algo para a sociedade, e por isso não me conformo com o rumo que Portugal está a levar.”

Foi isso?

Foi.

Num percebi nada. E que mais?

O Rojão também discursou.

E o que disse esse moço? Bom moço, num é?

Ele disse que Sá Carneiro é um homem do Estado, com uma visão do Estado que era só dele. Não confundia a floresta com as árvores e vice-versa e que era portador de uma cultura que nunca chegou a entregar, porque o carteiro nunca mais apareceu. Mas tinha uma ideia clara para Portugal.

Muito bem esse Rojão.

Agora traduz o que ele disse que hoje estou muito cansadinho.

ide trabalhar malandros!


Tudo não passava de umas quantas cerimónias forjadas, repletas de hipocrisia, com finalidades ambíguas e inadequadas à realidade da cidade da Póvoa de Varzim.

Esta é a ideia que eu sempre tive deste melado “Encontro Pela Paz”, iniciativa desse pintor esotérico de nome Ferraz, logo secundado por esse pseudo vereador da cultura de seu nome Diamantino, o tal que dá flor em Fevereiro por altura do despesista Correntes d’Escritas.

Pois nesse evento da Paz, soube pelo Peliteiro, que a Câmara Municipal só no cantor de meia tigela que contratou, um tal Pedro Khima, que deve ser sobrinho do Khima Barreiros, gastou nada mais nada menos do que 19 500 Euros, correspondentes a dois espectáculos, um no dia 29 de Dezembro de 2008 e outro no dia 5 de Janeiro deste ano, ou como diria Macedo Vieira, cerca de 3 900 contos. Leia aqui.

Revolto-me profundamente com isto, mas revolto-me a sério.
Leia aqui como eles gastam o nosso dinheiro.
Marquem a paz já para o ano chulões!









sábado, 17 de janeiro de 2009

the crying game

Um clássico da década de 60, imortalizado no filme com o mesmo nome.



sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

balanço do ano 2008

Numa altura em que todas as publicações procedem ao balanço do ano de 2007, é tempo de apresentar aos poveiros aquela que já é por todos considerada a frase do ano de 2008 e que servirá de fio condutor a toda a medíocre política autárquica da cidade da Póvoa de Varzim.
Para todos os poveiros, a frase do ano 2008:
"O que lá está há 20 anos quer ficar até aos 24 e para isso convidou o que lá está há 16 para ficar até aos 20."
E assim se vai desenrolar o longo ano de 2008 que, esperamos, seja um ano Feliz para todos os poveiros.

deixem-me dormir







Zé detestava aborrecimentos, odiava problemas, tinha aversão a reclamações dos munícipes, fazia um esforço sobre-humano para estar presente nas barulhentas sessões da Assembleia.

Zé gostava das reuniões com os empreiteiros, no silêncio entre um copo ou dois, no sussurro da noite, onde se falava do que realmente interessa: obras.

Para se sentir feliz Zé nem precisava de ouvir o som do dinheiro, bastava-lhe o nome e, ocasionalmente, o cheiro das notas, ainda que de peixeiras.

Recordava-se do momento em que o sacana do Tone, com um semblante carregado, entrou pelo Gabinete com um assunto muito sério em mãos que colocaria em causa o bom-nome da empresa:

Zé pá, trago-te aqui um assunto muito delicado.

O quê Tone? Um conjunto de luxo em porcelana?

Não Zé.

Uma jóia oferecida por algum empreiteiro?

Não Zé.

Antão trazes-me o quê?

O teu filho anda a roubar dinheiro aos professores lá.

Como Tone?

É. E pior ainda. Pega na massa e vai para Abermar espetar umas cronhadas nas brasileiras.

Como é que tu sabes Tone? Vistes?

Viram-no a comprar o Jornal de Notícias, ler os anúncios de compra de casa e chamar um taxe.

Ai sim?

Sim. O que faço com este assunto Zé?

Oh Tone, num fui eu que roubei.

Temos que resolver este assunto ZéZéZéZéZé!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Zé acordou. Tudo não passava de um sonho. O som da Onda Viva com a canção “Sobe Sobe Balão Sobe” havia-o despertado.

Ai meu Deus! Que soneira.


Ao lado, a mulher ainda ressonava. Tapor só dorme. Deixa-la estar prá aí. Pensou Zé.

30 minutos depois já estava a entrar no carro, dirigido por Doro, o motorista que não falava, só ouvia.

Pi! Pi! Pi! Era o sinal horário das 10 horas da manhã.

Zé nunca gostou de chegar cedo. Quando chegava cedo tinha sempre um munícipe à espera dele para o ameaçar de pancada, daqueles que nem dormem de noite, a pensar na vida desgraçada de dívidas atrás de dívidas.

São os mais perigosos, pensou ele.

Às 10 horas já estavam a dispersar, cansados de tanto esperar.

As notícias eram boas.

Eh eh eh! É lá em Vila do Conde. O T-Rex que se desenrasque. Lá com o do PS, o “pensem nisso”, eh eh eh! Deixa-me ligar ao Buenos pra ver o que ele diz:

TRIIM TRIIM!

Buenos? Onde estás?

Estou a caminho.

A caminho de onde?

Daí.

Ah pois é, nem me lembrei. Olha, ouvistes as notícias sobre a ETAR?

Ouvi.

E que achas?

Que estamos fodidos.

Achas mesmo?

Claro. Se aquilo num anda onde vamos deixar os calhabotos dos poveiros?

No mar.

No mar já nós lançamos.

E continuamos lançar.

Mas temos que lançar com estilo. Vai ser uma barracada Zé.

Zé ficou branco. Telefonou de imediato ao Montanha, o empreiteiro de serviço.

Montanha meu, agora num vai ser preciso concurso público. Vamos poder fazer obras até num poder mais. Tens alguma ideia?

Vou ter de falar com o Buenos Zé.

Sempre o Buenos, sempre o Buenos, pensou Zé. Esse gaijo quer-me fazer a cama.

As notícias continuavam:

Este gaijo queima o dinheiro todo. Já lhe disse que o apoiava na redução de gastos, assim sempre ficava com algum e ele é sempre a estourar.


Este gaijo da Onda Viva parece o Voz da Kizomba, o boca rota do carago. Num podia abafar isto. Isto num é notícia. Vou ligar ao Malvado.

TRIIM TRIIM!

Malvado só pões as notícias a dizer mal da cidade. E as exposições pá? E o teatro pá? E o cinema pá?

E o Correntes d’Escritas pá?

Quem disse isso?

Foi eu Zé?

Estás debaixo do banco porquê Tino?

Pá ontem tive de fugir de várias professoras que andam atrás de mim.

E tu num aproveitastes?

Uma de cada vez.

Num tarda muito estás no Viagra.

Vou telefonar ao Gugu a dizer que precisas de ajuda. Eh eh eh!



quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

francesinhas, chá verde e o ET


A cidade da Póvoa de Varzim deve ser nesta altura, Janeiro de 2008, a capital da escultura.
Se não vier a ser ultrapassada por este novo município, a Trofa, que está a cumprir à risca os mandamentos do "Guia Autárquico" de Valentim Loureiro, que já vai na sua vigésima edição esgotada, ou seja, com o despejo de verbas para o clube local, o Trofense, com o intuito de obter resultados imediatos.
De facto, receia-se que a Trofa possa ultrapassar a Póvoa de Varzim no número de rotundas e, obviamente, nas respectivas esculturas de qualidade artística duvidosa.
Tudo isto vem a propósito da reclamação que uma dessas escultoras, que espalhou arte surrealista pela cidade, com três esculturas de sua autoria, apresentou contra a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
De seu nome Margarida Santos, a artista veio dizer que há muito pouca escultura em Gaia, insurgindo-se desta forma contra a política cultural de Menezes.
E mais à frente vem dizer que só na Póvoa de Varzim tem três esculturas de grande porte. Leia tudo AQUI.
Não sei se o E.T., que o leitor vê na foto, é da sua autoria.
O que sei é que quem o encomendou deveria ser obrigado a pagar aquela merda do seu próprio bolso.
Seria o castigo para o péssimo gosto artístico que se espalha paulatinamente por toda a cidade.
Incomodado com isto, mais incomodado fiquei quando a minha mulher me diz que estava com saudades de comer uma francesinha no Guarda-Sol, porque desde solteira que não põe a boca nessa iguaria, que o Azeiteiro do vereador, que agora tem a mania que é o Nespresso, anda aí a recomendar aos já estragados poveiros, através da suja campanha “Sabores Poveiros”.
Contrariado lá fui.
Chefe! Duas francesinhas especiais. Gritei eu no meio daquela barafunda que é o Guarda-Sol.
O Guarda-Sol é o baluarte da democracia poveira.
Desde poetas malditos a políticos medíocres, passando por músicos e jornalistas de segunda divisão, de tudo lá se encontra. Tudo fala alto.
Quando as francesinhas chegaram, quase que morria só de olhar, com aquele molho meio laranja, meio vermelho a borbulhar, e o queijo derretido misturado com salsicha ou linguiça, e o fiambre, e depois lembrei-me que o Guarda-Sol tinha por hábito fazer as francesinhas à segunda-feira e guardá-las para toda a semana, servindo ao cliente com mais apetrechos do que os normais, conforme a cara era ou não conhecida.
Lá fui comendo.
No fim estava com uma pança que nem me podia levantar.
Virei-me para a minha mulher e disse-lhe: tão pouca merda deixa um gajo inchado. Fosda-se!
Lá estás tu. Disse ela.
Nesse dia à noite nem dormi, indisposto com a puta da francesinha.
Ia para a casa de banho e só saia coisas de cor laranja.Um hora depois, outra vez.
Um hálito azedo apoderou-se da minha cuidada boca.
Filhos da puta envenenaram-me com polónio, como fizeram ao Litvinenko.
Nem vontade de dar um beijo à minha mulher senti.
Aliás, estive quase para a pôr fora de casa por tão brilhante ideia de me levar a comer francesinhas.
Precisei dela, no entanto, para me transportar ao hospital.
Sempre tive o hospital da Póvoa de Varzim como um corredor da morte.
Ali só se vêm ciganos e gente humilde.
Sempre que fui ao Hospital nunca vi o Sr. Doutor, o Sr. Engenheiro ou o Sr. Arquitecto.
É o Hospital do povo.
AGUARDE A SUA VEZ
Diz à entrada.
Está porreiro, disse eu para a minha mulher.
Fiz a inscrição. Cinco minutos depois já ouvia o meu nome:
TONY VIEIRA
Toda a gente se levantou e veio pedir a bênção.
O povo sabe reconhecer aqueles que o ajudam.
Fui chamado a uma sala onde estava uma tipa de bata branca.
Antão o que é que o senhor tem home? Perguntou ela.
Estou com dores no estômago.
Isso num será merdas esquecidas?
Está feita com os filhos da puta. Pensei eu.
Ora vai levar aqui a fita azul e aguarda que o chamem.
Ela ainda olhou para a laranja. Mal eu sabia que era a melhor.
Passa uma hora e nada. Passa outra hora e nada.
Passa um gajo de bata branca e eu dou um berro:
Oh Chefe! Isto num anda caralho?
Tem que esperar pela sua vez. Isto é a triagem de Manchester.
Fosda-se! Lembrei-me logo do outro trengo com a história de Milão e Tóquio.
Depois é que percebi:
Os hospitais não têm meios humanos suficientes, não têm instalações condignas, tratam as pessoas como se fossem números, os médicos só querem ir para o bar namorar as enfermeiras, as quais andam sem soutien e sem calcinhas para sentirem menos cócegas.Vai daí importam um modelo de atendimento que só faz sentido em hospitais de nível internacional e com um sistema de saúde super evoluído.
Esta merda num é Milão nem Tóquio pá! Gritei eu.
Quando fui atendido, quatro horas depois, já estava cheio de fome.
Apareceu-me um tipo que disse ser médico, mas para mim parecia um tasqueiro do Paulino.
Tiraste o curso no 25 de Abril, pensei eu, face ao bem avantajado bigode típico daquela geração que acabou os respectivos cursos sem fazer qualquer exame, que se intitularam durante longos anos “homens de Abril” e agora roubam à desgarrada o próprio povo.
Cambada de filhos da puta! Pensei eu.
Tony pá! Vais tomar chá verde duas vezes ao dia. Disse ele depois de me ter auscultado e mandado tossir.
Melhor o pensou, melhor o fez. Pega numa receita e escreve umas palavras que ninguém conseguia entender. À médico.
Dirigi-me à farmácia de serviço e mostrei ao primaço que estava no balcão.
Ele leu. Leu. Voltou a ler.
Tony isto é chá verde meu. Tens que comprar no supermercado.
Malandragem filha da puta! Pensei eu.
No dia seguinte fui novamente ao Guarda-Sol.
Francesinha Senhor Tony? Disse o mesmo empregado.
Francesinha é a tua prima.Traz aí dois chás verdes, antes que te foda o capacete.
Veio o chá verde, provei e perguntei quanto era.
70 cêntimos. Respondeu o gajo.
O quê pá? Então uma caixa de 12 saquetas custa um euro.
Mas tem que pagar a água que encareceu este ano.
Que água lambisgóia? A água parece coca-cola e está cheia de soda cáustica pá.
É de tabela senhor Tony.
Lá paguei.
Fui ao supermercado, com a receita, e comprei o chá verde.
A moça até se riu quando mostrei o que me foi receitado.
Sou da geração de Chernobyl!
Estou condenado a morrer envenenado.
Tony Vieira

obama


Sinceramente este Obama não me está a convencer.















































quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

o nosso candidato


Mesmo com acusações demagógicas de que sou alvo por parte da oposição, nos últimos 13 anos, tantos quantos estou no poleiro, as minhas maiorias políticas são cada vez mais confortáveis. Nas últimas eleições ganhei todas as mesas de voto e é bom que as pessoas percebam isso, porque eu também percebi com a questão do utilizador-pagador. O projecto que lidero há 13 anos é abrangente, consensual e foi sufragado pela população poveira que me admira. Estamos a construir parque periféricos para tirar os carros do centro da cidade, mas num quero que as pessoas venham a pé para o centro… …

Oh Magala, num fales nisso outra vez.

Antão é para falar de quê Rambo?

Hoje temos um texto do Gomes de Sá, moço aplicado na política e que muito boa conta tem dado de si, nas intervenções no jornal de todos nós, o Voz das Tricanas da Póvoa. Obrigado aí Karl Marx. Força aí Gomes!


SABER ESTAR NA OPOSIÇÃO

Por Gomes de Sá



Oh Sá, já num falaste disso noutro texto?

Não. Falei do Saber Não Estar.

E num é a mesma coisa?

Não Rambo. Saber estar é saber estar e saber não estar é saber não estar.

Muito bem Sá. Boa ideia. Nunca me tinha lembrado dessa ideia. Como é que foste lembrar-te?

Foi fácil Magala. Troquei o sim pelo não.

Como?

Onde era para pôr sim pus não.

Espectacular. Num está Rambo?

Está Magala. Força antão.


Respeito, seriedade, rigor, transparência, lealdade, são alguns dos princípios por que se deve pautar a nossa sociedade.

Espectacular esta frase Rambo.

Sem dúvida Magala.

Por esse motivo, sou candidato à Presidência da República, perdão, à Presidência do Varzim Sport Club, porque o clube precisa de uma bomba de gasolina, porque o clube precisa do índice 1.8 nos terrenos onde está o seu estádio. Eu sou a pessoa certa para estabelecer os laços entre o Varzim, a Câmara e a Dico. Tenho o “know how” sobre esta matéria porque já remodelei a Rua da Junqueira, a 31 de Janeiro e a Av. dos Banhos.

Essa frase é minha, oh Sá!

Desculpa Magala! Empolguei-me.

Prontos. Remata lá a dizer que és o nosso candidato.

Sou o candidato do Magala.

Fizemos a folha ao Lopenhos, Magala!

Num instantinho, Rambo.
(Risos)

estudo de opinião para o varzim


O Varzim está preocupado com a falta de espectadores no Estádio. Isto ao fim de 20 anos de progressiva diminuição.

Com a finalidade de obter respostas para essa insuperável questão, enviaram um e-mail aos sócios com algumas questões. Honestamente, penso que é este o estudo de opinião que Macedo Vieira encomendou para saber se os poveiros o querem na Câmara ou não.

Aqui vão as minhas respostas:



Estudo de Espectadores no Estádio

O Varzim Sport Club está a realizar um estudo que tem como base de recolha de dados e informações a aplicação de um inquérito. De modo a agilizar a sua aplicação sem colocar em causa a recolha de dados, decidimos aplicar o inquérito por e-mail o que nos permitiu através das nossas bases de dados retirar a amostra de 1.051 indivíduos, entre sócios e adeptos do clube. Por que entendemos que para este estudo é importante perceber todos os parâmetros de sensibilização, decidimos aplicar um questionário de respostas abertas, ou seja, para cada questão a sua verdadeira opinião será uma importante fonte de dados e informação.
Para colaborar neste estudo, basta clicar em “Responder” e no próprio texto (à frente da letra “R” em cada alínea) digite as suas respostas. Em seguida clique “Enviar”.

QUESTIONÁRIO

1) Que idade tem?
R.: Nasci algures num tempo perdido no tempo.

2) É sócio do Varzim SC? (resposta: sim ou não)
R.: Sou sócio mas estou com vontade de rasgar o cartão.

3) Tem outro clube do qual é adepto e/ou sócio? (resposta: sim ou não)
R.: Sim.

4) É espectador assíduo (mais de 12 jogos por época) dos jogos do Varzim em casa? (resposta: sim ou não)
R.: Não.

5) Se é espectador assíduo, o que mais o motiva antes, durante e depois do jogo? (resposta: a sua opinião)
R.: Antes uns rojões no Costa, durante um fininho com uns tremoços e depois uma patanisca de bacalhau no Chapeuzinho.



6) Se é espectador assíduo, o que lhe provoca mais frustração antes, durante e depois do jogo? (resposta: a sua opinião)
R.: Antes fico frustrado porque não há mulheres bonitas a ver os jogos, durante porque o Varzim não joga nada e depois porque perde.



7) Se é espectador assíduo, que aspectos podem contribuir para que deixe de vir ao Estádio? (resposta: a sua opinião)
R.: Falta de mulheres bonitas.


8) Se não é espectador assíduo, o que o impede de vir ao Estádio? (resposta: a sua opinião)
R.: A relação qualidade/preço do espectáculo que é muito baixa.


9) Se respondeu a hora do jogo, qual será para si a hora e dia ideal?
R.: 15 horas no Inverno, 17 horas na Primavera.


10) O dia/horário do jogo do seu “outro clube” condiciona a sua vinda ou não ao Estádio?
R.: Não. Tu és tolo.

Se não é espectador assíduo, que factores podem contribuir para se tornar um espectador assíduo? (resposta: a sua opinião)
R.: Que corram com o Lopinhos.


Está de acordo com a realização dos jogos da Liga Sagres e da Liga Vitalis em dias diferentes? Por exemplo a Liga Vitalis disputada ao Sábado e a Liga Sagres ao Domingo.
R.: É igual ao litro.

Fim do Questionário


Mais uma vez agradecemos a sua importante colaboração. Algum assunto e/ou esclarecimento não hesite em contactar-nos através deste e-mail.

Atentamente

António de Pádua FerreiraVarzim Sport ClubMarketing e Comunicação