terça-feira, 14 de julho de 2009

sem vergonha na cara!


É liquido que Macedo Vieira, embora não conduzido a julgamento pelo Ministério Público devido a uma ausência no Brasil paga com o dinheiro dos contribuintes, teve uma participação activa no denominado “Caso Dourado”, não só porque estava ciente do esquema montado por Aires e Dourado, o qual já havia sido instrutor em processos semelhantes que envolveram outros funcionários, mas também porque foi sua a decisão de o nomear Presidente do Conselho de Administração da Varzim Lazer, alguns dias após a decisão de Aires Pereira de mandar aquele para a reforma.

Até custa escrever sobre isto tamanha é a falta de vergonha destes tipos. Borraram-se todos.

Em minha opinião e na de muitos poveiros Macedo Vieira se não praticou directamente um crime foi, no mínimo, seu cúmplice ao não denunciar às autoridades policiais o que os outros haviam tramado, ele que se considera o arauto da transparência.

Socialmente é pois um criminoso, goste-se ou não do termo.

Mas Macedo Vieira tem mais problemas a ensombrar a sua vida política que estão por resolver e devem servir de exemplo aos poveiros no sentido de o penalizar fortemente nas próximas eleições autárquicas.

Como todos os leitores deste blogue sabem o autarca, que “não é político profissional”, acumulou durante muitos anos vários vencimentos resultantes da sua posição de Presidente da Câmara, administrador da Varzim Lazer e outros cargos pelos quais era remunerado. Em causa está a acumulação de funções autárquicas com as de gerente da imobiliária Mardebeiriz e de administrador da Águas do Cavado (sociedade anónima de capitais públicos), Lipor (Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto) e Varzim Lazer (empresa municipal).

Indevidamente, segundo o IGAT que comunicou a recomendação de devolver aos cofres do Município as quantias por ele recebidas indevidamente e que, pelas minhas contas, se cifram em cerca de 38 mil contos.

Ora Macedo Vieira não só não devolveu como se tem recusado a cumprir a recomendação do IGAT com o argumento que enviou o processo para o Ministério Público.

Relativamente a estas quantias recebidas indevidamente, que o próprio justificou como sendo uma prática normal por esses Municípios portugueses, como se os autarcas fossem modelos de alguma coisa, se de um crime não se trata eventualmente, não deixa de ser uma conduta altamente condenável do ponto de vista ético, moral e político.

Macedo Vieira deve prestar esclarecimentos públicos sobre esta matéria.