Sentimos que existia uma lacuna na nossa actividade como autarcas.
Sentimos que a página da Câmara Municipal e o mensal Folha Municipal não satisfaziam as nossas ambições como políticos eleitos e sufragados pelo povo.
Somos pessoas com cultura suficiente para entender que o povo precisa de estar informado sobre todas, e aqui digo com veemência, todas as nossas actividades.
Que são muitas, diga-se em abono da verdade.
Vamos começar pelo cine teatro Garrett.
Rambo: Oh Tinho pá! Num fales no Garret, pá. Isso já deu confusão que chegasse. Então eu dou-te este espaço para tu falares do Correntes d’Escritas, meu, e tu vens falar do Garrett?
Dá cá a esferográfica!
Poveiro amigo!
Nós os políticos somos pessoas que só se sentem bem a projectar, a criar, a individualizar, a dar e a receber. Quem nos dá os votos recebe obra feita. E fica satisfeito.
A grande obra em curso é a construção de uma ETAR de terceira geração que vai despoluir de uma vez por todas os mares nunca antes navegados da nossa Póvoa, essa Póvoa eternizada por José Carlos de Vasconcelos no seu livro “Amai a Póvoa Como Amais a Vós Próprios”.
Magala: Oh Rambo pá, num é nada disso que eu queria para esta página, meu. Atão tu pá, com a obra da avenida que tanta canseira me deu, vens falar de Etares e mares e vais Concelos?
Rambo: Oh Magala, achei que era importante prós nossos banhistas que nos visitam em Agosto.
Importante, importante! Importante é a Avenida.
Poveiros!
Estou aqui de coração aberto e a sangrar, quase me sentindo o Fernando Pessoa na cama, era eu médico… …
Rambo: Oh Magala num venhas outra vez com a história das mamas, por favor!
Num venho, num venho.
A obra da Avenida é uma obra estruturante.
Todos os poveiros sabem: sempre fui contra os automóveis no centro da cidade. Quando o Durão Barroso veio com o dia sem automóvel eu já há muito tempo fazia isso. A mim ninguém me dá lições.
Construímos vários Parques de Estacionamento periféricos, para as pessoas guardarem os seus automóveis lá e virem a pé para o centro da cidade, os que forem desportistas, e os que não forem, vêm de autocarro que nós já temos no Verão e agora vamos ter no Inverno.
Mas não quero carros à superfície, porque isto não é como alguns pensam, isto num Milão nem Tóquio, isto é uma cidade de província e é assim que a temos de tratar.
Até me dá vontade de rir. Comparar a Póvoa a Milão ou Tóquio. Eh, eh, eh!
Então quem vier a pé para o centro da cidade ou no autocarro, vai poder guardar o seu automóvel no Parque Subterrâneo da Avenida e, desta forma, temos solução para os problemas dos poveiros que querem ir ao Tribunal, às Finanças, ao Hospital ou ao Mercado. Perceberam?
Rambo: Oh Magala, mas o Mercado já num está destinado.
Com tempo, com tempo, Rambo.
APELO À CALMA:
Poveiros. Já todos vocês sabem que a empresa FDO, que até me faz lembrar outra coisa, pôs uma acção em Tribunal.
Estamos de consciência tranquila, até porque temos um parecer do nosso jurista Lopes Caimoto, que nos garantiu que estávamos no caminho certo.
Tinho: Oh Magala, o jurista é o Jorge Cardoso.
Jorge Cardoso? Nunca ouvi falar desse gaijo.
Rambo: Oh pá, vós sois muito broncos. Ele é Lopes Cardoso e se for como de costume vai levar-nos uma fortuna.
Magala: Aumenta-se a água e a electricidade.
Rambo: É, mas a electricidade num é pra nós.
Magala: Depois vemos.
Prontos poveiros.
Visitem a nossa página sempre que vos der vontade e deixem o vosso comentário ou a vossa queixa que um Gabinete especializado, com uma mulher bonita e inteligente, ocupar-se-á dos vossos problemas.
Para isso é que eu fui cirurgião com 11 valores.
Obrigado.
Magala: Ficou porreiro, num ficou Rambo?
Rambo: Ficou mais ou menos. Que achas Tinho?
Tinho nesta altura chorava compulsivamente, agarrado ao Angélico Salmonela.
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