Eu disse para a minha mulher: Dá uma limpeza geral à casa com Sonasol.
Fiquei em pânico com as notícias vindas a público sobre uma epidemia de gripe. Nunca precisei de ir ao Hospital por motivo de gripe, e ainda bem porque entrar naquele da Póvoa é dar de caras com a doença, a morte e o oportunismo.
Apesar deste Hospital (nem sei quem se lembrou de chamar Hospital àquele casebre feio, degradado e sem condições mínimas de atendimento ao público) ser o local óbvio para atender urgências, é de louvar o facto de não ter a televisão ligada, como tem por exemplo o Super OK, perdão, a Clipóvoa. A Clipóvoa deve ter servido de modelo a muitas outras clínicas que nasceram como cogumelos por essa cidade, tudo por efeito dos "seguros saúde", essa nova modalidade de chupar dinheiro aos contribuintes. Todas elas têm uma televisão ligada na sala de espera.
O leitor consegue imaginar: o tipo doente, em sofrimento, com dores, a espirrar, a coçar a barriga cheia de micoses, a tossir e a sair os amarelados carapaus pela garganta, e de fundo a voz esganiçada da Júlia Pinheiro, ou o toque levezinho do Goucha, ou o criminalista a comentar o último grande enigma policial.
Quem entrar no consultório médico vivo é porque já tinha saúde, porque a vontade que dá quando se vê esses programas, é de morrer.
Sempre tive pouca paciência para ver televisão. Com excepção para um bom filme, um bom programa de informação ou o canal 26, pouca coisa desperta o meu interesse.
A propósito de cinema veio-me à memória certa filmografia portuguesa, e certos realizadores, cuja actividade se quedou pelo suficiente, quer porque a produção foi diminuta, quer porque as obras se quedaram pela mediocridade.
Mas esses tipos arvoram-se em intelectuais, em arautos da ética, em bandeiras da revolução de Abril de 1974.
Um desses é Lauro António. Lauro António era autor de um programa de televisão com o nome “Lauro António apresenta”. E ele deve ter ficado com a ideia de que os portugueses viram nesse reles programa uma das melhores coisas que alguma vez passaram pela televisão. Tanto é assim que ele até tem um blog com o mesmo título.
Da sua biografia diz-se o seguinte:
“Como sucedeu com outros cineastas da sua geração, particularmente activos após a Revolução de 25 de Abril de 1974, uma forte componente do seu trabalho destinou-se à televisão…Nos inícios da década de 1990 esteve associado com a rede de televisão portuguesa TVI para a qual foi programador de cinema e na qual teve um horário especial em que apresentava filmes da sua escolha, chamado Lauro António apresenta.”
Fonte Wikipedia.
Esse “Lauro António apresenta” era um programa que eu não recomendaria ao meu pior inimigo, ainda por cima doente na sala de espera de uma clínica recomendada pela companhia de seguros.
Não tenhamos ilusões: tipos que escrevem blogues e "dão a cara", como por aí se diz, abordam assuntos sem qualquer interesse que não seja a promoção pessoal, não dão nome aos bois, não têm coragem para falar directamente e criticar quem merece ser criticado. Sabem porquê? Porque têm medo, porque são cobardes, porque estão metidos nos esquemas ou têm amigos que estão.
Todos sabemos: os blogues cujo autor esteja identificado e ouse criticar de forma contundente alguma situação irregular acaba na barra dos Tribunais.
Falo, por exemplo, do “Do Portugal Profundo” que abordava, em primeira linha, o escândalo de pedofilia da Casa Pia.
Tudo o resto é treta.
Vejam lá. Lauro António até escreveu sobre o povoaonline. Leiam:
“Póvoa online” é um blog preenchido, quase na totalidade, por artigos que, no entender do Tribunal, atentam contra o direito à honra e credibilidade do presidente e vice-presidente da Câmara da Póvoa de Varzim. Macedo Vieira e Aires Pereira são as vítimas preferidas deste blog: “corruptos”, “parolos”, “fascistas” são apenas alguns nomes que lhes são atribuídos.
Finalmente começa a haver alguma coragem oficial, jurídica sobretudo, para se combater a cobardia do anonimato. A blogosfera não pode ser um covil de covardes a destilar ódio e injúrias de qualquer tipo. Quem se acha no dever de intervir socialmente, na imprensa ou num blogue, terá de o fazer de cara descoberta e identificado de forma verídica. Quem se acoberta no anonimato não merece nenhuma espécie de simpatia. Tudo se deve fazer para estripar este cancro.
A liberdade não tem nada a ver com esta prática rasteira de ajuste de contas entre meliantes sem nome. A liberdade impõe direitos e deveres. Impõe responsabilidade, o que estes irresponsáveis não sabem o que seja. Se não sabem a bem, terão que aprender à força. Mas a medida aplicada neste caso é só simbólica, como se percebe facilmente. De resto é anedótica. Não se consegue identificar o autor anónimo de um blogue? Por favor!"
É o Lauro António apresenta aqui.
Fiquei em pânico com as notícias vindas a público sobre uma epidemia de gripe. Nunca precisei de ir ao Hospital por motivo de gripe, e ainda bem porque entrar naquele da Póvoa é dar de caras com a doença, a morte e o oportunismo.
Apesar deste Hospital (nem sei quem se lembrou de chamar Hospital àquele casebre feio, degradado e sem condições mínimas de atendimento ao público) ser o local óbvio para atender urgências, é de louvar o facto de não ter a televisão ligada, como tem por exemplo o Super OK, perdão, a Clipóvoa. A Clipóvoa deve ter servido de modelo a muitas outras clínicas que nasceram como cogumelos por essa cidade, tudo por efeito dos "seguros saúde", essa nova modalidade de chupar dinheiro aos contribuintes. Todas elas têm uma televisão ligada na sala de espera.
O leitor consegue imaginar: o tipo doente, em sofrimento, com dores, a espirrar, a coçar a barriga cheia de micoses, a tossir e a sair os amarelados carapaus pela garganta, e de fundo a voz esganiçada da Júlia Pinheiro, ou o toque levezinho do Goucha, ou o criminalista a comentar o último grande enigma policial.
Quem entrar no consultório médico vivo é porque já tinha saúde, porque a vontade que dá quando se vê esses programas, é de morrer.
Sempre tive pouca paciência para ver televisão. Com excepção para um bom filme, um bom programa de informação ou o canal 26, pouca coisa desperta o meu interesse.
A propósito de cinema veio-me à memória certa filmografia portuguesa, e certos realizadores, cuja actividade se quedou pelo suficiente, quer porque a produção foi diminuta, quer porque as obras se quedaram pela mediocridade.
Mas esses tipos arvoram-se em intelectuais, em arautos da ética, em bandeiras da revolução de Abril de 1974.
Um desses é Lauro António. Lauro António era autor de um programa de televisão com o nome “Lauro António apresenta”. E ele deve ter ficado com a ideia de que os portugueses viram nesse reles programa uma das melhores coisas que alguma vez passaram pela televisão. Tanto é assim que ele até tem um blog com o mesmo título.
Da sua biografia diz-se o seguinte:
“Como sucedeu com outros cineastas da sua geração, particularmente activos após a Revolução de 25 de Abril de 1974, uma forte componente do seu trabalho destinou-se à televisão…Nos inícios da década de 1990 esteve associado com a rede de televisão portuguesa TVI para a qual foi programador de cinema e na qual teve um horário especial em que apresentava filmes da sua escolha, chamado Lauro António apresenta.”
Fonte Wikipedia.
Esse “Lauro António apresenta” era um programa que eu não recomendaria ao meu pior inimigo, ainda por cima doente na sala de espera de uma clínica recomendada pela companhia de seguros.
Não tenhamos ilusões: tipos que escrevem blogues e "dão a cara", como por aí se diz, abordam assuntos sem qualquer interesse que não seja a promoção pessoal, não dão nome aos bois, não têm coragem para falar directamente e criticar quem merece ser criticado. Sabem porquê? Porque têm medo, porque são cobardes, porque estão metidos nos esquemas ou têm amigos que estão.
Todos sabemos: os blogues cujo autor esteja identificado e ouse criticar de forma contundente alguma situação irregular acaba na barra dos Tribunais.
Falo, por exemplo, do “Do Portugal Profundo” que abordava, em primeira linha, o escândalo de pedofilia da Casa Pia.
Tudo o resto é treta.
Vejam lá. Lauro António até escreveu sobre o povoaonline. Leiam:
“Póvoa online” é um blog preenchido, quase na totalidade, por artigos que, no entender do Tribunal, atentam contra o direito à honra e credibilidade do presidente e vice-presidente da Câmara da Póvoa de Varzim. Macedo Vieira e Aires Pereira são as vítimas preferidas deste blog: “corruptos”, “parolos”, “fascistas” são apenas alguns nomes que lhes são atribuídos.
Finalmente começa a haver alguma coragem oficial, jurídica sobretudo, para se combater a cobardia do anonimato. A blogosfera não pode ser um covil de covardes a destilar ódio e injúrias de qualquer tipo. Quem se acha no dever de intervir socialmente, na imprensa ou num blogue, terá de o fazer de cara descoberta e identificado de forma verídica. Quem se acoberta no anonimato não merece nenhuma espécie de simpatia. Tudo se deve fazer para estripar este cancro.
A liberdade não tem nada a ver com esta prática rasteira de ajuste de contas entre meliantes sem nome. A liberdade impõe direitos e deveres. Impõe responsabilidade, o que estes irresponsáveis não sabem o que seja. Se não sabem a bem, terão que aprender à força. Mas a medida aplicada neste caso é só simbólica, como se percebe facilmente. De resto é anedótica. Não se consegue identificar o autor anónimo de um blogue? Por favor!"
É o Lauro António apresenta aqui.
9 comentários:
Lauro António: vai dar banho ao cão!
os blogues povoaonline, povoaoffline, povofffline e Tony-Vieira já foram censurados. Macedo Vieira e os tribunais "amigos" merecem uma noção! MANIFESTAÇÃO À PORTA DA CÂMARA: TODOS CONTRA MACEDO!
onde se lê moção, leia-se liçao.
Bem, para mim, deste post o mais relevante é a descrição que é feita do hospital da Póvoa.
Temos um presidente de câmara médico, já lá vão 16 anos, e não foi capaz de resolver nem sequer os problemas que existem no concelho na àrea em que é (ou devia ser) entendido.
Se o Homem não foi capaz de mexer uma linha na área onde devia ser entendido como seria ele capaz de mexer em áreas onde é absoluto ignorante e onde está rodeado por outros tão ou mais ignorantes que ele???
Votem Macedo Vieira que no que a saúde diz respeito é garantido que não vai acontecer nada nos próximos 4 anos!!!
Esse Lauro António não é aquele que fazia uns serviços para a PIDE?
E quando foi descoberto levou um chuto da TV e mais ninguém o aceitou?
Ora eu escrevo em blogues e "dou a cara" há mais de 5 anos. E não procuro promoção pessoal, não tenho medo, não me julgo cobarde, nem estou metido em esquemas.
Claro que tenho cuidado com o que escrevo e elimino muita matéria, que gostaria de abordar e tenho como verdadeira, por falta de evidências objectivas.
É minha convicção que desta forma presto um serviço à comunidade - ainda que modesto, admito - vigiando e denunciando e que se mais gente "desse a cara" o efeito se potenciaria, em progressão geométrica, e poderíamos viver numa sociedade melhor e mais justa.
Fica um convite, um desafio para todos, incluindo para o Tony e colaboradores: "saiam do armário" e participem, nos jornais, nos blogues, nas rádios, façam ouvir-se e não pactuem com o mal!
Em casa, no anonimato, com medo, sem o contributo de homens inteligentes, livres e corajosos a cidade não progredirá e eles continuarão a passear-se de Porsche no Algarve.
Caro Peliteiro:
Reconheço a coragem na elaboração do teu blog. É algo reconhecido por muita gente aqui na Póvoa.
Algo que também te traz algumas "inimizades" que se poderiam facilmente converter em prejuízos pessoais e profissionais se a eles estivesses exposto.
Como sabes, ou estás concsciente disso, se há alguém que eles gostariam de transformar (em sentido figurado) em carne picada, tu és esse alguém e, como dizes, nada de mal escreves.
O que eu acho é que estes blogueiros que estão em Lisboa, que andam por jornais, que falam "tu cá tu lá" com os políticos, que jantam com eles, que os tratam por tu porque são amigos de longa data, esses tipos não têm a mínima credibilidade para criticarem os blogues anónimos. A mínima.
E o que eu vejo na maioria dos blogues com bastante audiência, são comentários do estilo que nós vemos em qualquer jornal.
Nada de novo, portanto.
Um dia destes dei comigo a ler o JN e lá estava uma citação do Blasfémias.
Achei o texto do Blasfémias (neste caso sobre o posicionamento de Cavaco Silva relativamente ao Governo) absolutamente banal, nada que não se ouça numa SIC notícias ou não se leia num Público.
Nunca compreendi por que razão alguém que é jornalista tenha necessidade de escrever um blogue sobre os mesmos assuntos que aborda num jornal, como também um tipo que se diz cineasta vá escrever um blogue. Vá é fazer filmes, se é assim tão bom.
Eu escrevo um blogue porque os políticos da minha cidade são uns ridículos e, pior ainda, não têm consciência de que o são, o que agrava ainda mais a figura.
Eu consigo aqui expôr essa faceta.
Outros não o conseguirão.
O objectivo deste e dos outros blogues era apenas esse, mas a quantidade de informação que foi disponibilizada entretanto por muitos leitores, levou-me por alguns outros caminhos, dos quais não me arrependo minimamente, como seja o Porsche no Algarve.
A intenção de descridibilizar um blog anónimo é na realidade a de proteger os corruptos, porque se assim não fosse que menor força tem um blog relativamente a uma página em papel, eescrita sem autor?
Exemplo? Este último relativo à CP.
Boa resposta Tony, tens razão, é assim mesmo como dizes, subscrevo plenamente, tal como tu também eu e outros gostariamos de dar a cara mas se o fizessemos era o fim da nossa paz social e acabavam-se as verdades que incomodam...
Tony
Já fui ao Blog do Lauro António e escarrapchei lá isto:
"Já passaram vários meses e o comentário já vem fora do tempo mas esta história da cobardia pretensamente versus heroismo é uma falsa dicotomia só própria de arrogantes donos do mundo que nada temem porque têm cobardemente a força do sistema a protegê-los.
Em Portugal o poder oculto tem mais força que um exército bem treinado e o Pina Manique ainda não abdicou do fervor policial que o caracterizou e obrigou muitos heróis a disfarçarem-se de cobardes sem esquecer as noites lúgubres da Inquisição que persistem não obstante a garganta profunda de quem come tudo e nao deixa nada."
Um abraço
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